Gastronomia

Conheça os tipos de azeite de acordo com a acidez

Por TechDoido

17/03/2022

Azeite ou óleo de oliva é um produto alimentar extraído da azeitona, o fruto da oliveira. Trata-se de um alimento antigo, clássico da culinária contemporânea, regular na dieta mediterrânea e nos dias atuais presente em grande parte das cozinhas.

Com informações da Agência Brasil.

Quais os tipos de azeite?

Será que faz bem consumí-lo in natura nos alimentos ou no pãozinho? Segundo os especialistas, o azeite é um excelente alimento, mas ele sozinho não fará todo o processo de melhora na saúde da pessoa. E de nada adiantará se ela faz muitas dietas, fuma ou é sedentária.

Quais os tipos de azeite?

Para a alimentação, é recomendado o azeite extra-virgem que tem maior concentração de polífenóis. Ou seja, substâncias que fazem bem a nossa saúde. Confira a diferença entre o azeite e o óleo composto.

Tipos de azeite

A legislação brasileira de azeite de oliva é semelhante aospadrões internacionais, os quais foram definidos com base em azeites produzidos na Europa.

Azeite Extra Virgem

O produto deve ter até 0,8% de acidez e sem defeito organoléptico/sensorial, sendo este o tipo de azeite que tem melhor preservadas as suas qualidades de aroma e sabor. A acidez de até 0,8% é um indicativo de que todas as etapas de processamento (maturação da azeitona, colheita do fruto, limpeza, extração e embalagem) foram realizadas de forma adequada.

Azeite Virgem

Azeites que apresentam algum defeito sensorial e/ou com acidez acima de 2% são denominados azeite virgem. Azeites com acidez acima de 2% não são adequados para o consumo, sendo que estes produtos são submetidos a um processo químico denominado refinamento, o qual se reduz a acidez do produto adequando-o ao consumo.

Lista: tipos de azeite

Azeite virgem, obtido por processos mecânicos. Dependendo da acidez do produto obtido, este azeite pode ser classificado como sendo do tipo extra, virgem ou comum. O azeite virgem apresenta acidez máxima de 2%. Azeite refinado, produzido pela refinação do azeite virgem, que apresenta alta acidez e incidência de defeitos a serem eliminados na refinação. Pode ser misturado com o azeite virgem. Azeite extra virgem. O azeite não pode passar de 0,8% de acidez (em ácido oleico) e nem apresentar defeitos. O órgão que os regulamenta e define quais defeitos são catalogados é o Conselho Oleícola Internacional. Azeite comum é obtido da mistura do azeite lampante, inadequado ao consumo, obtido através da prensagem das azeitonas. O azeite comum não possui regulamentação.

Azeite de Oliva

O processo de refinamento nos azeites virgens remove, além da alta acidez, as substâncias aromáticas e de sabor, bem como os antioxidantes naturais, pigmentos de cor e as vitaminas do azeite. Nesta fração refinada do azeite, normalmente se adiciona uma pequena quantidade de azeite extra virgem para repor um pouco de sabor, aroma e cor ao produto final. Estes azeites, então, são denominados comercialmente como “Azeite de Oliva” e sua acidez é de até 1%. O mais importante é saber o que diferencia um tipo de azeite do outro e como escolher o mais adequado para cada ocasião de uso, ou de acordo com a sua preferência particular de paladar.

Benefícios

Rico em gordura monoinsaturada, contribui para a diminuição do LDL (colesterol ruim) e aumento do HDL (colesterol bom). Dê preferência ao tipo extravirgem que contém a melhor gordura retirada da azeitona. Esta gordura não pode ser aquecida, devendo somente ser utilizada crua, por cima do prato pronto. Não é indicado o consumo de azeitona, pois tem um elevado teor de sal que aumenta a pressão e pode comprometer os rins.

Na pizza é uma delícia

É preciso também controlar a quantidade de azeite. Por mais saudável e saboroso que seja, azeite em excesso vai contribuir para o ganho de calorias. “Das massas até o azeite, o recomendado é seguir a máxima da moderação em todas as etapas de preparo e consumo. É possível comer bem sem precisar abrir mão do que se gosta”, afirma Rosana.

Fernando Frazão/Agência Brasil

Produção de azeite no Brasil

No dia 29 de Fevereiro de 2008, foi realizada com sucesso a primeira extração de azeite em terras brasileiras, e na análise de laboratório, o óleo extraído foi classificado como extravirgem, comparável aos melhores do mundo, com índices de acidez entre 0,3 a 0,7. Atualmente, o Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de oliveiras e de azeite, com mais de 5 mil hectares cultivados, 10 indústrias extratoras e 20 marcas de azeite extravirgem, algumas com importantes premiações internacionais. Em virtude do clima, o RS é o estado mais propício para a produção de azeite em larga escala.