O Spotify, desenvolvido pela startup Spotify AB, é uma plataforma de streaming de músicas, podcasts e vídeos. Oferece serviços gratuitos com alguns anúncios e limitações, e serviços “premium” sem limitações e qualidade aprimorada. A ferramenta digital pode ser acessada através do site ou App, e está disponível para android e IOS.
Atualmente, o Spotify se tornou o maior e mais famoso serviço de transmissão de músicas graças à sua eficiente tecnologia que busca inovação a cada dia, além do investimento em propagandas midiáticas que popularizaram o app. Porém, nem sempre foi assim, visto que o caminho até o sucesso foi cheio de altos e baixos.
Brilhantemente contada em um documentário da Netflix, podemos entender como surgiu o Spotify.
A plataforma de streaming foi desenvolvida no ano de 2006 em Estocolmo, Suécia, pela Spotify AB, empresa fundada por Daniel Ek, ex-diretor técnico da Stardoll e cofundador da TradeDoubler. Na época, a indústria da música tinha dificuldades em lidar com a pirataria, e precisavam de uma solução que acabasse de vez com este problema. Ek e seu parceiro de negócios, Martin Lorentzon, decidiram investir em um programa de streaming de música legal que permitisse que o público ouvisse os álbuns de seus ídolos favoritos sem precisar recorrer ao YouTube ou aos programas televisivos.
Entre os anos de 2008 a 2012 o serviço de streaming passou por muitas mudanças para atender as necessidades do público e empatar seus serviços às plataformas de transmissão de música mais famosas que já existiam no mercado. Além das atualizações de software que deixaram a plataforma cada vez mais eficiente e segura, mais gravadoras perceberam o potencial do Spotify e resolveram apostar no novo, firmando contratos que perduram até hoje.
De passo em passo a empresa foi crescendo, e já em março de 2011, foi anunciado que o Spotify tinha mais de um milhão de assinantes em todo continente europeu, e este número foi dobrado até setembro do mesmo ano. Graças a este marco, a empresa foi considerada pelo FEM (Fórum Econômico Mundial) a pioneira em tecnologia de 2011.
Ainda que a principal finalidade da plataforma fosse oferecer um serviço de transmissão de músicas legais para o público, conforme os anos se passaram e os meios de entretenimento se adaptaram, atualmente o Spotify se comporta como um app de streaming de músicas, podcasts e vídeo-clipes.
Um dos maiores concorrentes da época era o serviço norte americano de streaming musical, o Apple Music. De acordo com a entrevista de Leijonhufvud dada à revista estadunidense Variety, o fundador Daniel Ek resolveu “fechar completamente as persianas” às ameaças da Apple e desafiá-la. Por ser uma empresa estrangeira tentando entrar no mercado de música digital dos Estados Unidos, a luta foi extensa, e apenas em 2010 a empresa conseguiu se firmar nos EUA graças aos contratos com a Sony Music e Universal Music Group.
As dificuldades com a empresa norte americana passaram a consumir os pensamentos de Daniel, e em certo momento da jornada, o fundador afirma ter recebido uma ligação de Steve Jobs (fundador da Apple), mas tal informação não pode ser confirmada, e isto não passa de acontecimentos que podem ter sido fruto da paranóia de Ek. O Spotify sofreu grandes dificuldades para a captação de gravadoras parceiras que cedessem os direitos autorais de suas músicas para a nova plataforma, visto que grande parte delas eram leais à ITunes Music Store. A Apple continha cerca de 80% do mercado estadunidense, que se mantinham fiéis à Steve Jobs.
Em linhas gerais, a empresa Spotify teve de lutar muito contra a oposição das gravadoras de música e a desconfiança do público final para chegar a posição de ser uma das principais plataformas globais de música. Jobs dedicou muito esforço para tentar desestabilizar o Spotify, que atualmente, conta com mais ouvintes mensais que a plataforma americana.