Brasil deverá ter vacina contra a Chikungunya

Uma das doenças que afligem a população brasileira pode estar com os dias contados, em breve deveremos ter uma vacina contra a Chikungunya.
Publicado em Saúde dia 13/01/2023 por Alan Corrêa

Uma das doenças que afligem a população brasileira pode estar com os dias contados, em breve deveremos ter uma vacina contra a Chikungunya.

Pesquisadores brasileiros estão em busca de adolescentes voluntários para a primeira vacina contra a Chikungunya. O objetivo do estudo é testar a vacina em 750 adolescentes em todo Brasil. Para falar mais sobre essa pesquisa, Eolo Morandi, gestor médico de desenvolvimento clínico do Butantan.

nsaios clínicos com a vacina da chikungunya também estão sendo realizados no Brasil. O objetivo é avaliar a vacina em uma região endêmica da doença, algo fundamental para atestar a real eficácia de um imunizante. O estudo terá duração de 15 meses e será feito com 750 voluntários, todos adolescentes de 12 a 17 anos. No final de janeiro, o Butantan iniciou o ensaio clínico em São José do Rio Preto. Também participarão do estudo centros de pesquisa de São Paulo-SP, Salvador-BA, Fortaleza-CE, Belo Horizonte-MG, Aracaju-SE e Campo Grande-MS.

Para o gerente de parcerias estratégicas e novos negócios do Butantan, Tiago Rocca, os resultados de segurança e manutenção de seis meses da imunogenicidade em adultos dos Estados Unidos trazem ainda mais segurança para os adolescentes brasileiros que participarão do estudo. “Os dados trazem uma confiança maior de que estamos no caminho certo e teremos uma vacina em breve”, afirma.

Para se inscrever em São José do Rio Preto, é preciso ser morador da região e enviar um e-mail para chikv.sjrp@gmail.com manifestando o interesse em se tornar voluntário do ensaio clínico ou preencher o formulário no site do Centro Integrado de Pesquisa – Hospital de Base de São José do Rio Preto, onde será realizada a pesquisa.

Sobre a chikungunya

A chikungunya é uma doença infecciosa causada pelo vírus de mesmo nome que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (mesmos mosquitos que transmitem a dengue e a febre amarela, respectivamente). Os sintomas incluem febre acima de 38,5°C, de início repentino, e dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dor de cabeça, nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos são assintomáticos.

A circulação do vírus foi identificada no Brasil pela primeira vez em 2014 e ele já está presente em mais de 120 países. Como a transmissão ocorre por mosquitos, é fundamental reforçar as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas residências. As recomendações são as mesmas aplicadas à prevenção da dengue.

*Com informações da Prefeitura de SP, GovBr e Butantan.