Você já imaginou que seria possível a criação de uma estação espacial? Pois é, e isso já é realidade para a China, que se demonstra ativa em processo de desenvolvimento de laboratórios de pesquisa no espaço, inclusive está com uma base espacial denominada como Tiangong-3, previsto para término em 2022.
A futura Estação Espacial Chinesa (CSS), tem suas características reveladas, apesar dos chineses serem mais modestos em questões de divulgação. Assim que estiver pronta, ela será utilizada por taikonautas, que são astronautas chineses.
Com o avanço da tecnologia, a cada dia que passa ficará ainda mais fácil investir em transportes e pesquisas de outros planetas, e esses projetos já deram seu início lá atrás, quando o primeiro homem foi enviado à lua. Vamos conhecer um pouco mais sobre esses processos.
Os chineses lançaram pelo foguete Long March 5B, um módulo que seria o principal da estação, chamado Tianhe, e o mesmo ficaria em órbita baixa da Terra, ou seja, a aproximadamente 370 km acima da superfície terrestre.
O projeto de utilização da estação, é que se ocorram dez missões consecutivas, sendo 4 delas com tripulação presente, onde tem a capacidade de comportar três taikonautas normalmente, e até seis durante a troca da tripulação, na estação. A base espacial terá seu funcionamento em andamento, no ano de 2022.
Mas qual é o tempo de vida útil? Não, elas não duram para sempre – ainda. A base espacial da China tem como um tempo de vida, de 10 a 15 anos. Isso se dá, também, por estudos de outras estações como a ISS (Estação Espacial Internacional), que já tem mais de 20 anos de funcionamento, e apresenta desgastes do seu material, então acredita-se que ela pode ser desativada no ano de 2025.
Como falamos acima o módulo Tianhe, é o principal, em um formato de “T” ele apresenta aproximadamente 16,6 metros de comprimento, e 4,2 metros de diâmetro. Ao total, são comportadas 6 unidades da estação, cada uma com suas respectivas funções.
O Tianhe apresenta um peso de 22,5 toneladas, e a massa total da estação gira em torno de 66 toneladas. Nele, estará presente tudo respectivo ao gerenciamento e controle da base, porém, ele também poderá comportar algumas experiências sem comprometer sua principal funcionalidade.
Duas portas de ancoragem serão colocadas na estação, e as mesmas terão acessos às cápsulas que comportam laboratórios para pesquisas e investigações científicas. Outras três portas também estarão presentes, e tem como objetivo receber algumas espaçonaves com tripulação, e abrir uma passagem para os taikonautas realizarem as caminhadas no espaço.
Vamos começar falando sobre a cápsula denominada como “Wentian”, ela será designada para o funcionamento do laboratório, mas também tem a função de “abrigo” caso ocorra alguma intercorrência. Portanto, ela é um pouco parecida com a principal, onde mediante a emergências, ela pode “assumir” o gerenciamento e controle da estação, e ainda conta com equipamentos de câmera espacial e braços mecânicos para demais atividades.
A segunda cápsula, é denominada como “Mengtian”, ela pode ser designada para algumas pesquisas nos ramos de microgravidade, biotecnologia, outros materiais espaciais, astronomia, entre outros. Além disso, ela serve como a entrada e saída de algumas cargas, graças a uma câmera de ar, e esses deslocamentos podem ser efetuados pela tripulação, com o auxílio de braços mecânicos.
Também foram pensados os quesitos de deslocamento da tripulação, onde o foguete Long March-2F, e a nave Shenzhou servirá para transportar até 3 taikonautas e alguns materiais mais simplificados, e também destaca a função em casos de resgate, mediante e emergências apresentadas. A nave Tianzhou, será utilizada para levar cargas no geral, como alguns propulsores e materiais mais pesados e complexos para a estação.
Com a nova estação espacial da China, começou a rolar algumas questões políticas e socioeconômicas, onde surgiu um relatório chamado “Avaliação Anual de Ameaças da Comunidade de Inteligência dos Estados Unidos”, que teve a sua divulgação pelo Diretor de Inteligência Nacional Dos EUA, onde se diz que a CSS é apresentada como uma ameaça a Segurança Nacional.
O que se sabe de algumas informações apresentadas no relatório, é que a China já desenvolveu mísseis e outros equipamentos destinados a destruir satélites, com o objetivo de danificar o sensor e visor o objeto, a fim de se beneficiar de alguma forma.
Portanto o relatório se resume, nas questões da China criar estações, que de alguma forma interajam com os satélites e Lasers, a fim de capturar informações sobre o exército dos EUA. Como sabemos, não é de hoje que questões de segurança e política entre os países não são resolvidas. Em nota, ainda não se sabe o que irá acontecer, mas afirmado em outros relatórios de segurança como o “Defesa Contra as Artes das Trevas no Espaço: Protegendo Sistemas Espaciais de Armas Contra-Espaciais”, divulgado em fevereiro, é dito que os EUA, detalhou medidas de segurança contra armas anti-satélites.