Hoje em dia não conseguimos mais viver sem celular. Mas com tantas opções disponíveis no mercado, fica cada vez mais complicado fazer uma boa escolha. Configurações técnicas, câmeras melhores ou piores, variação nos preços e tantas outras coisas acabam nos deixando confusos.
Neste artigo vamos te dar algumas dicas importantes para ajudar resolver esse problema, tentar fazer a melhor escolha para você, levando em consideração diversos aspectos, mas principalmente a finalidade para a qual você vai destinar o aparelho.
O primeiro passo que você precisa dar para fazer uma boa escolha de celular é definir a faixa de preço que pretende gastar. Não adianta começar a pesquisar pelas características do aparelho se você não vai conseguir comprá-lo depois.
Então, é importante que você seja bem racional nesse momento e defina uma faixa de preço possível. Brasileiro tem uma espécie de cultura de parcelar todas as coisas – eu também faço isso – mas precisamos pelo menos aconselhar que você tente comprar à vista, ou pelo menos consiga um parcelamento sem juros.
Depois de definir um valor máximo para sua compra, é interessante que você saiba que o componente mais importante para escolher um celular é o processador – a menos que a câmera seja de absoluta importância para seu trabalho – e quanto mais moderno e atualizado, melhor.
Mas porque o processador é tão importante? É bem simples na verdade. O sistema operacional desses aparelhos é atualizado constantemente, e cada vez que esses softwares são aprimorados, exigem mais dos processadores. Então, quanto mais novo for o processador, mais tempo o celular vai suportar o sistema e as atualizações.
Algumas fabricantes, como é o caso da Apple e da Samsung, utilizam processadores próprios. Outras marcas utilizam processadores de terceiros, como os chips da Qualcomm e da MediaTek. Mas com uma rápida busca na internet você consegue descobrir qual é o mais atualizado.
Teoricamente, quanto maios a quantidade de núcleos (Quad-core, Hexa-core, Octa-core) e quanto maior a velocidade – medida em GHz – maior a quantidade de tarefas que o aparelho consegue fazer ao mesmo tempo.
O próximo passo depois de analisar o processador é considerar a memória RAM. Mas o que é essa tal de memória RAM? Não é o espaço de armazenamento, como muita gente pensa, mas sim onde ficam os arquivos temporários dos aplicativos que estão sendo utilizados por você naquele momento. Quanto maior a memória RAM, mais tarefas o dispositivo vai conseguir desenvolver ao mesmo tempo.
Por isso, se a memória RAM for muito pequena, os aplicativos vão funcionar com mais dificuldade, e você vai ter a impressão de que o aparelho está lento. Não será um problema do processador, mas sim da memória que que não está dando conta do recado.
Atualmente, um celular com 1 GB ou 2 GB de memória RAM não vai ter um desempenho muito satisfatório, pois os diversos sistemas operacionais e os próprios aplicativos evoluíram a ponto de exigir mais desse componente.
Então, a menos que a velocidade não seja um problema, é bom escolher um aparelho com memória RAM um pouco maior. Se você gosta de jogos, com mais razão ainda, e neste caso o mínimo desejado é 8 GB ou 12 GB de RAM.
Uma vez entendida a questão dos componentes internos, que não vemos, mas que são de extrema importância, chegou a hora de analisar algo que sim vemos, e que é a tela do aparelho. Afinal, é isso que você vai usar de uma forma mais direta, tanto para ver quanto para tocar.
No quesito tela, tem 4 características importantes que devem ser analisadas. A primeira delas é o tamanho. Tem gente que gosta de celular pequeno, para outros quanto maior, melhor. Isso é muito pessoal, vai do gosto de cada um.
A segunda característica já não diz respeito tanto ao gosto, mas sim a uma condição técnica importante: a resolução. Os aparelhos de hoje estão chegando para os consumidores nas seguintes resoluções: HD ou HD+, Full HD, Full HD+, 2K e 4K. Pelo menos essas são as mais comuns.
Além da resolução, ainda temos que considerar a tecnologia do display – terceira característica – que hoje podem ser resumidas em dois grandes grupos, um com as telas do tipo LCD e outro com as telas em OLED ou AMOLED.
Por fim, quarta característica, a velocidade – ou taxa de atualização – que pode variar entre 60 Hz e 120 Hz. Quanto mais alto o Hz, mas rápida é a resposta que a tela vai apresentar.
Temos que considerar ainda o armazenamento. Antigamente, os aparelhos contavam com 16 GB e parecia espaço para o resto da vida. Mas hoje isso é muito pouco. Os aparelhos já estão partindo de 64 GB pra cima, na maioria dos casos.
Mas isso é muito pessoal, algumas pessoas não precisam de tanto espaço de armazenamento – como é o meu caso – pois não guardam muitas fotos e vídeos, ou simplesmente deixam eles guardados na nuvem. Então, talvez compensa sacrificar um pouco de espaço para ter um processador melhor ou mais memória RAM.
Outro quesito muito importante, ao menos para a maioria das pessoas, é a capacidade da bateria. Não tem nada mais aflitivo do que chegar na metade do dia e ver que a bateria já foi, e ficar pedindo carregador emprestado para meio mundo.
Por isso, é importante verificar a capacidade da bateria. Vale lembrar que quanto maior for a capacidade do processador, memória RAM e qualidade da tela – teoricamente – mais a bateria será consumida.
Veja as informações de tempo de uso disponibilizadas pelo fabricante para cada aparelho. Também é importante observar a capacidade do carregador, que hoje varia entre 9 ou 10 Watts e vai até 15 Watts. O fabricante também avisa quanto tempo demora para carregar.
Deixamos o último tópico – provavelmente o mais polêmico – para fim pois aqui temos que colocar um grande “depende” para você tomar uma boa decisão. Depende do uso que você vai fazer do aparelho. Como assim?
Muita gente quer ter a melhor câmera do mundo, mas não utiliza o aparelho para trabalho ou para se dedicar a um hobby fotográfico, mas apenas para tirar selfie e postar nas redes sociais. Para isso, não é preciso uma câmera tão espetacular, basta uma câmera boa e comum.
Mas, se você tem um canal no YouTube, ou trabalha com fotografia, neste caso é bom se atentar para algumas configurações importantes. Para começar, a quantidade de megapixels e os tipos de lentes (Ultra Wide, Macro, profundidade), além dos recursos que o fabricante divulga.
Quanto maior a quantidade de megapixels, melhor. Os tipos de lentes também são muito importantes, mas isso é assunto para outro artigo, e quem trabalha com isso não vai precisar dessa informação.
Sendo assim, vamos resumir naquilo que você precisa focar quando for escolher um celular novo, nessa ordem: