Drones estão ajudando a sociedade no ar e no mar

O que antes era só uma fantasia futurística, ou apenas de uso militar, agora já se tornou uma realidade na sociedade. Sim, os drones já estão presentes em nossas vidas e nos auxiliando em funções importantes.
Publicado em Auto dia 24/03/2022 por Alan Corrêa

O que antes era só uma fantasia futurística, ou apenas de uso militar, agora já se tornou uma realidade na sociedade. Sim, os drones já estão presentes em nossas vidas e nos auxiliando em funções importantes.

Desenvolvimento em contínua expansão

Os drones – ou veículos operados remotamente – começaram a ser difundidos para cobertura dos melhores ângulos de festas e eventos, o que representou uma boa economia para as transmissões em grande porte dos meios televisivos.

Atualmente, o leque de possibilidades de uso de drone – tanto no ar como no mar – está aumentando constantemente, sendo já uma realidade para o controle de pragas na lavoura, vigilância de comunidades e até inspeção no fundo do oceano, sempre fornecendo informações de maneira mais dinâmica.

Novos projetos também estão sendo testados para serem lançados, como da Amazon que pretende fazer entregas de mercadorias utilizando esta nova tecnologia.

Vigilância feita pelos ares

Moradores da região rural de Suzano na Grande São Paulo utilizam drones para aprimorar o Projeto Vigilância Solidária. O sistema que utiliza o recurso de compartilhamento de avisos por meio de aplicativo, agora inclui os drones para identificar bandidos e localizar vítimas.

Assim que o alerta é enviado ao grupo de WhatsApp, um drone – com raio abarcativo de 7 quilômetros – verifica a situação e, se necessário, o responsável pelo controle do aparelho repassa a ocorrência as autoridades competentes com as coordenadas exatas do local.

O índice de criminalidade ainda não foi avaliado para medir o quanto a tecnologia ajudou a reduzi-lo, mas de antemão os moradores de Suzano já se mostram agradecidos e a polícia local já tem vários casos de sucessos para contar.

Modernização nas áreas rurais

Os drones também estão aumentando a economia e a produtividade agrícola.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) de MT, por exemplo, tem capacitado gratuitamente diversos produtores e técnicos rurais, para conseguirem aplicar os recursos tecnológicos do drone a fim de identificar pragas na lavoura e mapear áreas.

O resultado do avanço é muito grande, basta ter em conta a rapidez na verificação de extensas áreas para detectar manchas na plantação, o que antes era feito por terra através de deslocamentos a pé ou por veículo.

O SENAR diz ser possível reduzir o uso de defensivos em até 70% se todos os produtores de MT utilizassem o drone no controle da produção agrícola, pois seria possível fazer pulverização localizada com avião apenas nos locais afetados, gerando também mais economia.

Os drones também estão sendo utilizados para desvendar mistérios na pecuária, monitorando o comportamento dos animais no campo, para descobrir as causas de por que grupos ficam parados em apenas determinadas regiões do terreno e em outras não.

Expedições marítimas

A revolução dos drones também já chegou debaixo das águas.

Um exemplo pode ser visto no controle dos equipamentos da Petrobrás instalados no fundo do mar. Com capacidade de fotografar em alta resolução até 3 mil metros de profundida, os drones subaquáticos – conhecidos como veículos submarinos autônomos (AUVs) – superaram o uso do ROV – submarino operado remotamente por cabos – e conseguem executar missões com apenas coordenadas pré-programadas.

Embora o itinerário do AUV seja traçado antes da submersão, o controlador pode alterar a rota por comandos por meio de softwares. Para suportar os longos e profundos trajetos, os drones subaquáticos tem bateria com duração de até 80 horas.

Outro grande diferencial é o ganho de produtividade com o aumento significativo de velocidade. Antes, as expedições eram feitas cerca de 400 metros por hora com o ROV. Atualmente, o AUV chega a percorrer 5 quilômetros por hora.

Outro exemplo de sucesso é a descoberta por um drone – na última semana de busca – do submarino ARA San Juan que estava desaparecido desde novembro de 2017.

O fator decisivo da exploração foram os drones mais avançados da empresa Ocean Infinity, com capacidade de 6 mil metros de profundidade, velocidade de 11 quilômetros por hora e bateria de 400 horas de duração.

Entre as tecnologias empregadas por estes drones, se destacam os sensores de condutividade, profundidade e temperatura, as câmeras de alta resolução e as sondas de ecolocalização multifeixe.

Uma novidade sem seguro

Embora já tenha virado rotina o uso dos drones, com mais de 53 mil cadastrados na Agência de Aviação Civil, por ora não existem seguros específicos para a novidade.

Os serviços oferecidos no mercado para drones não tem regulamentação para venda. A razão é que as consequências que acidentes com drones podem produzir não foram avaliadas pelos órgãos competentes, mesmo porque ainda não existe massa suficiente no mercado de seguro para compensar os prejuízos que podem ser causados.

Enquanto a solução não chega, resta ter paciência e prudência para executar voos com drones.

*Com informações da Petrobras, R7 e ICMBio.