Nesta segunda-feira (20), um caso de H3N2 foi confirmado pela Secretaria de Saúde de Toledo e a 20ª Regional.
A H3N2 é uma síndrome gripal causada pelo subtipo do vírus Influenza A.
O vírus não é novo, mas começou a circular com mais intensidade nos últimos meses e a vacina da gripe aplicada neste ano não possui muita eficácia no seu combate. Como é um vírus respiratório, a transmissão acontece de forma parecida com a do coronavírus. “É de pessoa para pessoa, por meio de secreções expelidas pela tosse, espirro, fala, entre outros meios, como superfícies contaminadas”, explica o diretor-geral da Secretaria de Saúde, Fernando Pedrotti.
Segundo nota divulgada pela Secretaria, a pessoa tem 30 anos e é do sexo feminino. Apresentou sintomas no dia 7 de dezembro, coletou exame no dia 9, retornou ao serviço de saúde do município no dia 11 e foi transferida, por meio da Central Estadual de Regulação de Leitos, para uma unidade hospitalar em Cascavel, na mesma data. O resultado positivo foi emitido pelo Laboratório Central do Estado (LACEN) na última quarta-feira (15).
Os sintomas da gripe causada pelo vírus H3N2 em adultos variam de intensidade e costumeiramente aparecem já nos primeiros dias. Tosse, febre, calafrios, dor de garganta, secreção nasal excessiva, dor de cabeça e no corpo, irritação nos olhos e mal-estar estão entre os sinais. Nas crianças, além de febre, é comum haver o aumento dos linfonodos cervicais e sintomas gastrointestinais. Em muitos casos, o quadro tende a se agravar com evolução para pneumonia.
“É parecido com os quadros apresentados pelos pacientes acometidos de Covid-19 e combate também deve ser da mesma forma. Uso de máscara corretamente, assepsia das mãos, evitar ambientes fechados ou com aglomerações”, explica Fernando Pedrotti. “Pedimos que as pessoas que perceberem os sintomas procurem o Pronto Atendimento Municipal Doutor Jorge Nunes (PAM/Mini Hospital), nossa referência para pacientes com sintomas gripais, para o tratamento e acompanhamento adequados”, acrescenta.
A epidemia de gripe que se alastrou por alguns estados do país provocou a corrida da população para tomar a vacina contra o vírus Influenza. Diante da grande procura, secretarias estaduais buscam ampliar neste fim de ano a imunização de pessoas que não participaram da campanha de vacinação, que foi iniciada no começo de 2021.
No entanto, as vacinas disponíveis não protegem contra a gripe H3N2, nova cepa responsável pelos casos registrados. O Instituto Butantan, responsável pelas vacinas contra a gripe, deve iniciar a produção de vacinas atualizadas contra a nova variante a partir de janeiro.
Em São Paulo, a campanha para quem não tomou a vacina contra a Influenza em 2021 foi ampliada hoje (28). Crianças maiores de seis meses e todas as demais faixas etárias podem procurar os pontos de vacinação da cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, não há necessidade de intervalo de aplicação entre a dose do imunizante contra a gripe e a vacina contra a covid-19.
No Rio de Janeiro, onde os primeiros casos de Influenza H3N2 foram registrados, a vacinação está disponível nas clínicas da família e nos centros municipais de saúde. Segundo a Secretária de Saúde, houve 40% de redução nos atendimentos de pacientes com síndrome gripal nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) nas últimas duas semanas.
No Rio Grande do Sul, a vacinação segue disponível nos municípios para todos as pessoas acima de seis meses de idade. No estado, a meta de vacinação não foi atingida neste ano. Cerca de 79% do grupo de pessoas de risco (idosos, comorbidades, gestantes e crianças) foram vacinadas.
Em Salvador, a vacinação contra a gripe está disponível somente para aplicação da dose complementar em crianças que nunca tomaram o imunizante contra a Influenza ou foram vacinadas pela primeira vez em 2021.
A campanha de imunização contra a gripe foi lançada em março pelo Ministério da Saúde e deveria durar até julho. Inicialmente, seriam vacinados somente as pessoas de grupo prioritário, mas diante da baixa procura da população, a campanha foi estendida para todas as faixas etárias.
*Com informações da Secretaria de Saúde de Toledo e Agência Brasil.