Ciência

SpaceX: saiba tudo sobre o foguete que vai cair

O foguete em questão foi lançado m 2015, levando o satélite Deep Space Climate Observatory com destino ao Ponto de Lagrange 1 (L1) — trata-se de uma região de estabilidade gravitacional a mais de 1 milhão de quilômetros da Terra. Após um longo acionamento dos motores do segundo estágio, para alcançar uma órbita de transferência, o satélite começou a seguir viagem ao seu destino.
Publicado em Ciência dia 30/01/2022 por Alan Corrêa

A empresa espacial de Elon Musk, SpaceX, vem se mostrando bastante promissora para as futuras viagens espaciais, mas nem tudo são boas notícias, uma parte do foguete da empresa irá se chocar com o lado afastado da Lua no dia 4 de março, em uma região próxima do equador lunar.

Esse impacto recebeu atenção considerável fora da comunidade astronômica “normal”, devido a sua singularidade.

O foguete em questão foi lançado m 2015, levando o satélite Deep Space Climate Observatory com destino ao Ponto de Lagrange 1 (L1) — trata-se de uma região de estabilidade gravitacional a mais de 1 milhão de quilômetros da Terra. Após um longo acionamento dos motores do segundo estágio, para alcançar uma órbita de transferência, o satélite começou a seguir viagem ao seu destino.

Só que, desde aquele momento, o estágio do foguete estava tão alto que não tinha combustível suficiente para voltar para a atmosfera da Terra, e também não tinha a energia necessária para escapar da gravidade exercida por nosso planeta e pela Lua. Por isso, o estágio vem viajando em uma órbita um tanto caótica desde 2015.

A estimativa foi feita por Bill Gray, um desenvolvedor de software que monitora objetos espaciais próximos à Terra. Em uma postagem no seu blog, ele menciona que o foguete se aproximou da Lua no dia 5 de janeiro, mas o impacto deve acontecer no dia 4 de março. “Esse é o primeiro caso não intencional de pedaços de foguete atingindo a Lua, pelo que eu saiba”, escreve.

Bill Gray é criador do Project Pluto, um software utilizado para monitorar objetos, asteroides, cometas e outros corpos de interesse próximos da Terra. No início de janeiro, ele reuniu astrônomos profissionais e amadores para conduzir novas observações do estágio, como uma forma de descobrir quando acontecerá a colisão na Lua e onde isso poderá ocorrer.

*Com informações do canaltech, SuperInteressante e Project Pluto.