De forma oculta, os modais de transporte fazem mais do que o Brasil se mover, mas o mundo também. Sem o setor de transportes, praticamente o mundo não se moveria, afinal necessitamos do mesmo para absolutamente tudo em nossas vidas
O transporte de cargas no Brasil pode ser feito através de cinco modais: aeroviário, aquaviário, dutoviário, ferroviário e rodoviário. Já é notório que o modal rodoviário é o maior e mais importante da nação, mas será que não existem outras soluções para tirar essa sobrecarga?
O transporte aeroviário é o mais utilizado para transporte de pequeno volume de cargas de alto valor com pouco peso, através de aeronaves. Essas cargas necessitam de segurança e emergência para entregas distantes em um curto prazo de tempo.
Transporte aquaviário faz uso de balsas. Barcaças e navegação de cabotagem (porto a porto na costa), através dos oceanos, em grandes navios para transporte de cargas em grande volume e peso). Pode, também, ser chamado de aquático ou hidroviário, tendo grande importância para o comércio internacional
O transporte dutoviário utiliza-se de dutos ou tubos, para cargas gasosas ou líquidas entre médias distâncias. Exige uma infraestrutura fixa e é bem conhecido pelas cargas perigosas ou energéticas, como combustíveis, gás natural e petróleo.
O transporte ferroviário utiliza trens, ferrovias, trilhos e estações para o carregamento de grandes volumes entre maiores distâncias terrestres. Os países desenvolvidos utilizam muito esse tipo de deslocamento e o têm desenvolvido ao logo das décadas.
O transporte rodoviário é feito por caminhões de diversos tamanhos até pick-ups e automóveis. É o mais utilizado para transportes municipais e nacionais de mercadorias de pequeno a médio porte. Ideal para distâncias curtas a médias para diversos tipos de mercadorias. Possui grande flexibilidade porque utiliza as rodovias de transporte de passageiros.
No Brasil, aproximadamente 60% da carga é transportada por rodovias. A dependência que o país tem por caminhões é histórica. A construção das rodovias brasileiras foi de forma oeste-leste, ao longo da costa, para que a exportação de minerais e bens agrários e importação de bens de consumo fosse privilegiada. Em 1970, surge a integração norte-sul, com a melhora da comunicação interna do país.
As vantagens do transporte rodoviário são as capilaridades que essa modalidade possui para transportar carga não muito pesada e em volume que não seja alto e a comodidade. Outra vantagem é que o transporte rodoviário tem custo bem inferior comparados aos de outros tipos de modais.
A dependência do modal rodoviário é muito perigosa, visto que o país depende demais desse tipo de transporte, tendo como exemplo a grave de caminhoneiros em 2018 que praticamente paralisou o país, gerando perdas monetárias e grande pressão política.
Em 2011, foi possível notar um crescimento no Modal ferroviário devido a investimentos realizados. Ainda pouco usado no Brasil, apesar das imensas bacias hidrográficas existentes, é o aquaviário, apesar de ser mais seguro e bem menos poluente. Muitos rios brasileiros não são navegáveis, portanto, a inflexibilidade de navegação limita muito seu uso. Apesar disso, o Ministério de Infraestrutura já trabalha em novas concessões de rodas, mas que dependem de investimentos e dragagens para construções de bases de atracação.
O transporte dutoviário é de grande importância para o Brasil, principalmente pelos custos nos transportes de combustíveis, necessário para que todos os outros modais de transporte funcionem. Além de diminuir o tráfego de substâncias perigosas e possibilidade de acidentes e desastres ecológicos, o sistema dutoviário é bastante seguro e pode transportar grandes quantidades de cargas, embora sem muita variedade de produtos, por longas distâncias. Uma das desvantagens importantes é que há poucas possibilidades de destinos.
A crise sanitária causada pela pandemia do Covid 19 trouxe impactos incalculáveis para o transporte de cargas no Brasil e em todo o mundo. Esse setor já se encontrava instável devido a crises anteriores e muitas transportadoras brasileiras estavam em situações complexas devido a estagnação do consumo, produção e circulação.
Apesar de todas as questões negativas vindas com a pandemia para o transporte em geral, muitas possibilidades surgiram para outras categorias como as deliveries e entregas expressas.
Mais de 1700000 Km de estradas e rodoviárias nacionais, 14 mil km do sistema rodoviários formados por auto estradas, frota brasileira com aproximadamente 3 milhões de caminhões. Com essa configuração, é importante salientar que ocorrem mais de 16 milhões de acidentes com veículos de cargas nas rodovias brasileiras, o que representa um total de 25% do total de ocorrências; apenas 200 mil Km da malha rodoviária são pavimentadas; pouco investimento destinado a infraestruturas de outros modais.
Para manutenção do transporte de cargas no Brasil de forma eficiente e com diminuição de custos, é necessário que investimentos sejam realizados na área de tecnologia. Quando se automatiza um processo, os riscos nas estradas e rodovias são muito menores, facilitando muito a retomada e o desenvolvimento dos diversos tipos de transportes.
*Com informações do Estadão, Maplink e Ministério da Infraestrutura e Agencia CNT de Noticias.