A procura pela instalação do kit GNV aumentou em 60% na cidade de São Paulo em 2018. Parte do motivo foi a recente paralisação dos caminhoneiros, pois o gás não é transportado por caminhão e não acabou nas bombas dos postos. Mas não é o único motivo, a economia na hora de abastecer influencia na tomada dessa decisão.
A sigla GNV significa “Gás Natural Veicular” e não deve ser confundido com o gás de cozinha (GLP). Ele é o combustível mais puro que podemos encontrar nos postos de abastecimento, e sobretudo o mais barato dos combustíveis. Por isso, ele tem sido procurado por muitos motoristas, especialmente depois da última greve dos caminhoneiros, já que ele não é transportado por caminhão, mas encanado desde as jazidas de petróleo até as bombas de abastecimento. Aliás, por causa disso sua adulteração fica muito mais difícil.
Enquanto ainda não temos veículos elétricos populares para melhorar nossa mobilidade urbana, uma boa saída mais econômica e sustentável é usar o GNV como combustível. Qualquer veículo pode funcionar com o GNV. Não existem restrições para marcas, modelos ou ano do veículo para a instalação do kit de gás, pode ser instalado em carros com carburador ou injeção eletrônica.
Hoje em dia não existem mais veículos que saem de fábrica com o kit de gás instalado. Por isso, é preciso que o procedimento seja feito numa oficina credenciada. O preço da instalação (mão de obra e equipamentos) custa entre R$ 3.000 e R$ 5.000, e a instalação leva apenas algumas horas.
A instalação por oficinas não credenciadas pode trazer sérios riscos de acidentes, além de não serem reconhecidos pelas concessionárias ou seguradoras de veículos. Muitas vezes o equipamento utilizado por essas oficinas é de má qualidade – especialmente o cilindro de armazenamento – ou estão defeituosos e fora do prazo de validade. Uma economia muito pequena para um risco muito grande.
Do ponto de vista do custo/benefício o GNV compensa sim, mesmo incluindo o valor da instalação do kit, a documentação do veículo e outros gastos. Ele chega a ser 50% mais econômico do que a gasolina.
Para quem costuma percorrer 1.000 km por mês o retorno do valor investido inicialmente chegará em 20 meses, para os que andam 2.000 km o prazo cai pela metade, ou seja, 10 meses.
O veículo pode sim perder a garantia com a alteração para o GNV, mas isso dependerá de cada concessionária, que poderá exigir que a instalação seja feita numa parceira credenciada.
A corretora de seguros deve ser informada da alteração realizada no sistema de alimentação do veículo, caso contrário o segurado poderá ter problemas se houver sinistro do veículo. Algumas podem até não aceitar a conversão e o contrato estaria quebrado, então é preciso consultar antes.
Alguns requisitos serão exigidos pelas corretoras:
Uma das vantagens do GNV sobre os demais combustíveis veiculares é o seu custo, bem abaixo do praticado pelos outros, pesando menos no bolso ao fim do mês. Outra grande vantagem é que o GNV polui muito menos o ar. O rendimento é melhor que dos outros combustíveis, e alguns estados oferecem abatimento no IPVA.
Mas tudo tem um ponto contra, no caso do GNV seria a perda de espaço com a instalação kit, que costuma ser instalado no porta-malas e que deve ficar fixo. Outra desvantagem é que nem todos os postos têm o gás em suas bombas. Por fim, o veículo pode sofrer uma perda de potência no motor.
Hoje em dia, com a nova geração de kit GNV, essa perda de potência é de aproximadamente 3%, enquanto que com os anteriores podia chegar a 30% de perda.
*Com informações da Abegás, Agência Brasil e Wiki.