Já não é novidade para ninguém que os carros elétricos chegaram para ficar. Com cada vez mais montadoras anunciando o fim das produções de motores a combustão, o gosto que fica é de que, o futuro onde os carros a combustão estarão em museus, está cada vez mais perto.
Mas ainda assim existem diversas questões sobre estes veículos que, além de sua motorização ser renovada, possuem e deixam de ter alguns componentes aos quais acarretam em diferentes situações que podemos viver com eles. Um bom exemplo é que carros elétricos não podem ser… rebocados! Pode parecer algo extremamente sem sentido, mas vamos explicar a razão disto não ser possível.
A tendência mundial, como já foi dito acima, é que os carros elétricos cada vez mais tomem conta das ruas de todo o mundo. Marcas como a Volvo já não produzem mais veículos novos sem motores eletrificados (híbrido ou 100% elétrico) desde 2020, o que acarreta em uma troca compulsória por veículos deste tipo. Outra marca que recentemente anunciou que não irá mais desenvolver motores a combustão é a própria Volkswagen, ou seja, a tendência de as demais marcas de massa aderirem a tal tendência é enorme.
Quando olhamos para o Brasil, vemos alguns números que são bem expressivos. No ano de 2021, um total de 30.445 veículos eletrificados foram vendidos de acordo com Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), um montante 74% maior do que em 2020 e, por sua vez, a tendência é passar dos 32 mil carros comercializados ainda neste ano.
Vale ressaltar que este número contabiliza veículos 100% elétricos e os eletrificados, gerando assim um maior número de vendas que também é impulsionado por conta da motorização híbrida de veículos com alta liquidez no mercado, tais como o Toyota Corolla e a linha XC da Volvo.
Até hoje, por mais que os veículos eletrificados estejam ganhando cada vez mais espaço, vários questionamentos ainda pairam sob os mesmos. A falta de pontos de recarga, o receio de ficar sem energia em longas estradas, os altos preços e a falta de estrutura necessária para estes veículos são alguns dos problemas que enfrentamos hoje e que, pelo visto, irão demorar a serem sanados.
Entre estes problemas, está a falta de instrução em como agir em situações as quais o veículo não tem mais carga e acaba no meio da estrada. Você sabia que, ao rebocar um carro destes, você estará prejudicando seu veículo e destruindo sua funcionalidade?
Pois bem, isto pode parecer estranho, mas por falta de uma, existem duas justificativas plausíveis sobre o porque não é possível rebocar um carro 100% elétrico.
O primeiro deles é por um motivo bem simples: carros 100% elétricos não possuem o Ponto Neutro (N) em seus câmbios! Quando um carro a combustão é colocado em neutro, a embreagem desconecta a transmissão do motor e deixa as rodas livres [ara girar, porém em carros elétricos, a função N desconecta apenas os freios do motor para que o mesmo possa ser empurrado para fora da pista por alguns poucos metros.
Já o segundo motivo está atrelado ao primeiro: Como os freios se desconectam do motor, o sistema de freios regenerativos acaba se estragando uma vez que o veículo estará freando sem que os freios estejam ativados, causando assim grande pane elétrica.
Então você deve estar pensando que é impossível resgatar um carro elétrico, certo? Não exatamente! Na verdade, é sim possível resgatar um carro elétrico, contanto que tudo seja feito com cautela.
Para se rebocar um carro elétrico, é preciso colocar o veículo em guinchos do tipo plataforma, onde o carro vai preso em cima do caminhão. Desta forma, o sistema de freios não é corrompido.
Assim como rebocar, também não é possível realizar a famosa “chupeta” em um carro elétrico para que ele possa ser recarregado. Isso se deve pelo motivo das baterias de carros normais terem 12 volts enquanto os carros elétricos precisam de ao menos 220 volts para serem recarregados por completo.
Estas são dúvidas que podem parecer primárias, mas com o avanço iminente dos carros elétricos (por mais que no Brasil este processo possa demorar um pouco mais), podem ser cada vez mais frequentes.